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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Comitiva prepara “pacotão de games” para presentear ministra Marta Suplicy


A inclusão de jogos no Vale-Cultura levanta polêmica entre gamers e ministra da Cultura
Tiago Alcantara, do R7
ministra_martaAgência Brasil
Marta ainda não se convenceu de que games são cultura

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Se depender da ministra Cultura, Marta Suplicy, os games ainda vão ter que provar que merecem o título de cultura para a inclusão no Vale-Cultura, benefício de R$ 50 mensais para quem ganha até cinco salários mínimos, planejado para o segundo semestre de 2013. Uma comitiva com líderes do mercado de jogos eletrônicos aguarda uma audiência com a ministra para convencê-la a incluir o produto no programa.
Os membros da comitiva — o presidente da Acigames, Moacyr Alves Junior; o presidente do conselho de criatividade e inovação da Fecomercio/SP, Adolfo Menezes Melito; Michikazu Lisboa, executivo da produtora Hive Digital Media; e o game designer e acadêmico, Francisco Tupy — já preparam suas armas para um encontro: um exemplar do jogo Assassin’s Creed: Brotherhood, um livro de romance baseado na série e um documentário sobre o mundo dos videogames.
Contradição
O encontro acontece após uma declaração polêmica da ministra da Cultura. Durante audiência pública de apresentação do projeto no dia 19 de fevereiro, Marta afirmou ao público: “eu não acho que jogos digitais sejam cultura”. Em outras ocasiões, a ministra aponta a possibilidade de compra, com o Vale-Cultura, de produtos como revistas com conteúdo adulto, assinatura de TV a cabo e fantasias de Carnaval.
A exclusão dos games, sob alegação de não serem cultura, vai contra o próprio MinC. Nesta semana, o estúdio gaúcho Swordtales foi autorizado a captar R$ 370 mil para a finalização de seu jogo Toren – graças a Lei Rouanet. Em outro exemplo, o próprio site oficial do Ministério da Cultura conta com um espaço dedicado aos Games, na seção audiovisual. O link para a página oficial do MinC pode ser visto aqui.
Além disso, a própria Marta, ao ser questionada sobre o uso do vale para a compra de produtos como revistas adultas, se aprofundou na contradição. "Pode TV a cabo, revista. E aí estão dizendo, 'Mas vai comprar revista pornográfica?', 'Vai comprar não sei o quê?' Gente, as pessoas vão comprar o que elas quiserem. Eu não posso entrar nisso, no mercado, mas o que eu posso estimular é que tenha uma ampla gama de escolha, para as pessoas não ficarem numa coisa só", disse a Ministra, em entrevista a uma emissora de TV.
Sentimento de humilhação
Levando em conta este pensamento, o trabalhador beneficiado no programa poderá comprar filmes e livros de teor violento ou erótico e – até mesmo obras relacionadas aos games – mas não os próprios, explica Francisco Tupy, que também é professor e gestor da comunidade Games For Change.
— O videogame é uma forma de literatura igual os hieróglifos, chamada literatura ergódiga. Então, por exemplo, eu posso comprar o filme do Street Fighter, mas não posso comprar o jogo. E o filme é uma porcaria. Eu posso pegar meu Vale-Cultura e comprar o filme Matrix, comprar a sequência, que é o Animatrix, mas, se eu quiser continuar a entender a história, eu teria que jogar o game, que não pode ser comprado.
De acordo com Tupy, não reconhecer que games são cultura é “humilhante” para os profissionais e acadêmicos da área, além de prejudicar uma comunidade apaixonada.
— Toda uma classe de profissionais alimenta suas famílias com videogames. Se o videogame é uma literatura, quando a gente nega o videogame às pessoas, estamos negando a instrução, a leitura deste tipo de informação. Elas saberem o que é bom e o que é mau. O governo brasileiro pode virar as costas para o videogame, mas perdemos uma oportunidade de desenvolver a capacidade crítica da população.
Aquecimento da indústria
Durante encontro na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, nesta terça-feira (26), a ministra afirmou que o programa pode aquecer a economia do País. “Haverá mais dinheiro em diferentes centros urbanos, oportunidades de negócios”, destacou Marta.
Presidente da Acigames e conselheiro de Jogos Eletrônicos e Conteúdos Digitais do Ministério da Cultura, Moacyr Alves Junior elogia o vale-cultura e é uma das lideranças que pregam e aguardam pela inclusão de games no programa do governo.
— É realmente um marco. É um incentivo que faltava. Um benefício que vai gerar demanda. A pessoa que gastava o seu salário com o sustento da família agora tem uma chance de comprar games. A cada quatro meses, o jogador tem dinheiro para comprar um lançamento. Um jogo novo, de ponta. Imagine o que isso pode aquecer o mercado de games. Outra coisa que vai ser muito boa é [usar o vale] para os jogos em celulares. Vai incentivar os criadores de games brasileiros.
livro
Alves Junior usa como exeplo as vendas da saga Assassin’s Creed, escrita por Oliver Bowden. O título, baseado no famoso game, é um dos livros mais vendidos do País. De acordo com o presidente da Acigames, há uma resistência do MinC na adoção do vale para compra de games considerados violentos pelo governo.
— É o mesmo preconceito besta, sem fundamento e retrógrado.
O Vale-Cultura é um benefício que oferece R$ 50 por mês aos trabalhadores para gastos com produtos culturais. Destes, R$ 45 serão subsidiados pelo próprio governo – o projeto foi uma das promessas de campanha da presidente Dilma e deve entrar em vigor no segundo semestre do ano.

27/07/2010

Você reconhece os personagens dos games?


Qual é o personagem dos games na figura ao lado?


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