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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Thiago Leifert critica o preço dos games no Brasil e provoca Eike Batista



O apresentador da Rede Globo veio falar sobre sua participação na dublagem da narração do game FIFA 13, mas aproveitou para criticar o preço dos jogos no Brasil. Ao seu lado no palco estava Moacyr Alves, criador do projeto Jogo Justo e presidente da Associação Comercial, Industrial e Cultural de Games (Acigames).
Thiago Leifert falou sobre a experiência de gravar a narração de FIFA 13 (Foto: André Fogaça)Thiago Leifert falou sobre a experiência de gravar a narração de FIFA 13 (Foto: TechTudo/André Fogaça)
Thiago explica que é “Fifeiro” de longa data. Ele jogou seu primeiro jogo em 1994, e apesar de ter mudado para o Winning Eleven da Konami alguns anos depois, voltou ao FIFA em 2008 ou 2009, quando o jogo já tinha a narração clássica em inglês. “Hi I’m Martin Tyler, and I’m Andy Grey. Duvido que algum brasileiro tenha realmente prestado atenção na narração em inglês. Eles diziam And he scores quando alguém fazia um gol em você, mas nessa hora você estaria xingando o cara, e não está prestando muita atenção no texto.”
Leifert conta que “os games são uma bandeira minha, desde que era um repórter do SporTV. Sempre tentei fazer reportagens de games, mas foi muito difícil convencer a minha chefia falar sobre isto. Eles achavam que se eu falasse sobre videogame, estaria incentivando as pessoas a desligar a TV. Isso pode até fazer sentido, pois quando estou em casa não assisto Globo Esporte, e sim jogo videogames, mas por outro lado, se o programa passa uma matéria sobre games, eu vou desligar e assistir. Consegui convencê-los e a matéria foi um sucesso, daí pra frente ficou tudo mais fácil.”
Quando foi convidado para participar do FIFA, enquanto o contrato entre a Globo, a Warner a EA Sports não era assinado, Thiago Leifert passou um tempo sem poder contar para ninguém. “Sabia que iria participar, mas não imaginei que eu fosse ser o narrador. Adoro o filme Batman Cavaleiro das Trevas, é como se eu ligasse a TV e de repente eu fosse o Coringa. É como estar na ilha de Lost. Liguei pro Caio e disse, temos uma reunião, não posso dizer o que é, mas vem na minha que você vai gostar. E deu tudo certo!”
Depois que começaram a gravação, Leifert e Caio só tiveram três meses para registrar todas as 13.035 linhas de narração. “Gravamos todas as situações de jogo, e tínhamos 5 sugestões de textos. Gravávamos duas arroz com feijão e nas outras a gente surtava.” Ele conta os dois fizeram muitas piadas, especialmente no Campeonato Dinamarquês e outros menos cotados.
Leifert e Caio não ganharam dinheiro pra fazer a narração, que é parte de um acordo com a Globo, mas não se incomodaram nem um pouco com isto. “É uma honra enorme para mim”. “Outro dia minha mãe entrou em casa e disse, meu filho, você está no videogame”, conta. “Eu também ganhei 50 cópias do jogo de graça da Warner, que eu tive o prazer de distribuir para os meus amigos.”
Thiago Leifert no palco principal da Campus Party Brasil (Foto: André Fogaça)Thiago Leifert no palco principal da Campus Party Brasil (Foto: TechTudo/André Fogaça)
O contrato já está assinado e expectativa para gravação do FIFA 14 é grande, mas Leifert ainda não recebeu a tão esperada ligação. “Como gamer, não como profissional, eu acho estranho não ter chegado o email. Dia 20 de fevereiro devem ser lançados os novos consoles, e esta possa ser a explicação para o atraso.”
Sobre a narração, Leifert diz que muito do que parecem defeitos são algo normal, que faz parte do sistema. “Eles sempre existiram, mas a gente não reparava porque era em inglês. Eu queria ter falado mais sobre os times nacionais, mas a culpa é dos próprios times brasileiros. Lá fora, a empresa assina o contrato com a liga, mas aqui é preciso fazer a negociação de forma individual com cada clube, o que dificulta e atrasa o processo.”
Quando perguntado sobre a carga tributária dos games, que no Brasil é de 72.8%, e o impacto que isto causa no preço cobrado pelos jogos no nosso país, Leifert criticou: “Acredito que já melhorou muito, mas mesmo assim continua caro demais. O preço do futebol no Brasil já é um absurdo, você paga caro para ir ao estádio passar por dificuldades, por isto muita gente prefere assistir pela TV. Outra coisa que me incomoda é o limite de 500 doláres para compras em viagens no exterior. O dinheiro é meu, e eu compro o que eu quiser. Se estiver com uma mala com 1000 cópias de Halo, tudo bem, eu entendo, mas se eu trago uma para uso pessoal, não acho justo pagar tantos impostos. A desculpa oficial é que a taxa busca proteger a indústria nacional, mas na verdade isto só estimula a pirataria. Não seria melhor abaixar o preço dos impostos e deixar as pessoas se divertirem?”, perguntou, levantando aplausos da platéia.
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