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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Criadores de games independentes lutam contra falta de incentivo no Brasil



Edgard Matsuki - Portal EBC02.02.2013 - 14h31 | Atualizado em 02.02.2013 - 15h31

Desenvolvedores da Taw Studio cria jogos independentes
Desenvolvedores da Taw Studio cria jogos independentes (Edgard Matsuki/Portal EBC)
Os números em relação à industria dos games são estrondosos. De acordo com pesquisas da consultoria de análise de mercado Gartner, o nicho é o terceiro com maior faturamento no mundo. Até 2015, a expectativa é de que 70 bilhões de dólares sejam movimentados por jogos eletrônicos. Porém, a situação muda quando se fala do mercado no Brasil.
Apesar de o país ser o quarto maior mercado consumidor de jogos eletrônicos, os desenvolvedores de jogos não conseguem espaço no mercado. A mesma pesquisa mostra que apenas 0,01% do que se fatura com jogos vai para criadores brasileiros. A dificuldade de criar e faturar com games foi tema de uma palestra durante a Campus Party Brasil.
“É muito difícil ser desenvolvedor de jogos. No início, todo mundo está empolgado e tem força de vontade. Depois de um tempo, sabemos que não só temos que programar como também tentar vender. Isso desanima muitos”. A frase é do desenvolvedor de games Marcelo Lopes, que trabalha na Taw Studio.
Uma das grandes reclamações passa pela falta de incentivo público para a produção de jogos nacionais. “Mesmo pessoas com grande experiência com editais têm dificuldades de emplacar algum jogo em uma lei de incentivo à cultura”, diz Lopes. Ele completa dizendo que a falta de empresas de games no país também prejudica quem cria: “em outros países, o mercado é muito mais aquecido por ter muitos publishers”. Uma saída apontada poderia ser propostas públicas para a criação de jogos como a sugestão que vale-cultura possa comprar jogos eletrônicos
Para os desenvolvedores, o crescimento da demanda de games para redes sociais, celulares e tablets criou um novo nicho de jogos e isso deve alavancar o setor no país. “Agora o perfil de games é outro. A coisa é mais rápida e o lucro pode estar na compra de coisas especiais nos jogos”, explica.
O estúdio de Jock já desenvolveu alguns jogos para sites. A forma de faturamento do estúdio é vendendo os games para que eles fiquem hospedados na página. Durante a palestra, ele reclamou que essa lógica acaba fazendo com que a quantidade seja mais importante que a qualidade. “Os sites querem muitos jogos para fazer as pessoas rodarem pela página. Para eles, importa ter muitas opções”, afirma.
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
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